A primeira reunião plenária da Câmara Municipal de Montblanc depois do verão voltou a mostrar claras divergências entre a equipa do governo e a oposição, principalmente com a Montblanc Progressa que cobrou fortemente três aspectos específicos: o prazo médio de pagamento, o ROM e o registo do terreno de a propriedade Cimalsa.
A Câmara Municipal apresentou o relatório do prazo médio de pagamento das faturas aos fornecedores, que é de 122,49 dias, facto que gerou tensão entre as partes. Se a Conselheira das Finanças, Raquel Huguet justificou por dois factos, o pagamento das obras do Tribunal de Montblanc e um problema estrutural da Câmara Municipal, no qual afirmou: “temos uma estrutura fixa de despesas que não é assumida com a arrecadação ordinária”. Assim lembrou a Josep Andreu que os trabalhos do Tribunal “foram pagos com recursos próprios porque você gastou o subsídio”.
Por sua vez, o vereador Josep Andreu foi muito crítico em relação à gestão da Câmara Municipal. “A situação é muito preocupante e se chegarmos a novembro e ultrapassar os 150 dias de meia parcela vamos pedir a demissão do prefeito”. Aqui, respondeu Oriol Pallissó, prefeito de Montblanc: “Se você tivesse continuado a liderar o conselho municipal, estaríamos em ruínas e na miséria”.
A segunda questão que trouxe discrepâncias no plenário foi o registo de um lote de 19.000m2 localizado na herdade de Cimalsa e que a Câmara Municipal já concluiu os trâmites para poder colocá-lo à venda pelo preço mínimo de 98€. m2 (total de 1,8MEUR). Aqui, Marià Gomis (Montblanc Progressa) sugeriu encomendar um “perícia de empresa independente para realizar reavaliação do terreno” para obter mais renda, ao que Pallissó respondeu que “somos regidos pelo preço que saiu e quem manda são os técnicos”.
E o terceiro ponto de tensão foi devido Regulamento Orgânico Municipal (ROM)documento que deve regular, entre outros aspectos, as sessões plenárias ou órgãos municipais. Num comunicado, publicado horas antes do plenário, e que Santi Porta defendeu no plenário, a Montblanc Progressa criticou o facto de a equipa governamental se ter recusado a debater a proposta. Pallissó, afirmou que a proposta chegou pouco antes da Festa Major, rebatendo que foi impossível entrar para debatê-la durante a sessão plenária. “Uma ROM tem que ser algo mais denso e que regule mais, não copiar uma lei e trazer na véspera do feriado e dizer que não levamos isso a sério. Ele não pode fazer essas declarações e pela maneira como as diz.”
Por outro lado, durante o plenário, o vereador da saúde pública, Gerard Farré, anunciou que a Câmara Municipal recebeu um subsídio de 40.000 euros da Generalitat para 2025 para poder gerir as colónias de gatos.