Tensão no plenário da Montblanc com a aprovação da venda do terreno do complexo logístico Cimalsa

Ontem, pelas 20h, a Câmara Municipal de Montblanc realizou a sessão plenária de novembro marcada por dois destaques: o debate sobre a gestão do prazo médio de pagamento de faturas e a futura venda de um terreno industrial no parque logístico de Cimalsa. A sessão, liderada pelo prefeito Oriol Pallissó, foi marcada por momentos de tensão com o vereador Josep Andreu, da Montblanc Progressa.

Redução do prazo médio de pagamento de faturas
Um dos temas centrais foi o relatório do prazo médio de pagamento (PMP) do terceiro trimestre de 2024. Oriol Pallissó anunciou que foi significativamente reduzido para 93,81 diasante 122,49 dias no trimestre anterior. Destacou ainda a diminuição da dívida municipal, que passou de 1.404.879 euros para 1.359.075 euros, uma redução de 45.803 euros.

Andreu questionou os dados apresentados, sugerindo que a melhoria poderia estar relacionada com faturas pendentes de assinatura e não com uma redução efetiva da dívida. A oposição insistiu que ainda existem contas antigas por pagar e que o governo local ainda está longe do prazo máximo de 60 dias estabelecido por lei.

Em resposta, Pallissó defendeu a transparência dos números e garantiu que o conselho está trabalhando duro para cumprir os regulamentos. O prefeito enfatizou que a gestão financeira da Montblanc está melhorando e que esta tendência continuará.

Venda do terreno industrial na herdade
O plenário abordou ainda a aprovação da venda de um terreno de 19 mil m² no património Cimalsa, avaliado em 2,27 milhões de euros (IVA incluído). Oriol Pallissó sublinhou que esta operação é fundamental para atrair empresas para o município e gerar atividade econômica.

Josep Andreu, no entanto, questionou a estratégia do governo, dizendo que o terreno deveria ser vendido em unidades menores para maximizar o seu valor. “Foi o que expressámos no plenário de Setembro, dissemos e continuamos a pensar que a venda certamente teria sido mais fácil se tivesse sido segregada em parcelas de 5.000achamos que teria sido mais fácil”. Sugeriu ainda adiar a venda até que o empreendimento do imóvel esteja totalmente concluído, argumentando que isso poderia aumentar o seu preço.

Por outro lado, o vereador Juan Manuel Cabello comentou que “É um pouco precipitadonão é a mesma coisa que vender um terreno numa urbanização que ainda está em processo de urbanização, poderia esperar-se um pouco a Montblanc”.

O autarca respondeu que a assessoria recebida, tanto da Cimalsa como da Acció, confirma que este é um bom momento para vender o terreno em lote único, tendo em conta a actual procura das empresas. Pallissó acrescentou que, caso não encontre comprador, o terreno será reconsiderado em futuras licitações.

Tensão política no plenário
A sessão também foi marcada por momentos de tensão entre Oriol Pallissó e Josep Andreu. O prefeito defendeu com otimismo o trabalho de sua equipe, ressaltando que “Montblanc avança em habitação, ruas e cultura”. Por sua vez, Andreu reiterou que certas ações do governo são precipitadas e criticou a falta de concretude em projetos-chave.

O plenário mostrou as diferenças políticas entre o governo e a oposição, mas também deixou claro os desenvolvimentos económicos e urbanos que marcarão o futuro da Montblanc. Tendo a venda do terreno e a redução do PMP como objectivos imediatos, a sessão terminou com a promessa da equipa governamental de continuar a trabalhar para fortalecer a posição do município.

Deixe um comentário